sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Índice de Desenvolvimento Humano do Brasil melhora, mas educação é entrave

Mariana Mandelli - O Estado de S. Paulo
 
Apesar dos avanços mostrados pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), a educação brasileira ainda apresenta problemas estruturais graves, que, segundo especialistas, não devem ser resolvidos a curto prazo. Embora o País tenha praticamente universalizado a oferta de ensino fundamental, itens como a educação infantil, a evasão do ensino médio e a qualidade da aprendizagem persistem como alguns dos maiores gargalos do sistema.
Neste ano, em que o IDH mudou sua metodologia – agora são considerados a média de anos de escolaridade de pessoas com 25 anos ou mais e os anos de estudo esperados –, a educação continua sendo apontada como o maior entrave para o avanço do Brasil no ranking.
“A educação é um fator limitador do desenvolvimento”, afirma Daniel Cara, coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. “É claro que o País melhorou, mas esses avanços ainda são insuficientes para as nossas necessidades.”
Para Mozart Neves Ramos, do movimento Todos Pela Educação, a obrigatoriedade do ensino dos 4 aos 17 anos, recém-aprovada pelo governo federal, vai ajudar o País a avançar mais.

Desaprovação

O Ministério da Educação emitiu uma nota afirmando que o novo IDH não é comparável aos anteriores. A pasta diz que os novos índices devem “ser mais bem esclarecidos para que se possa cumprir os objetivos do Pnud de simplicidade, transparência e popularidade.” O ministério também afirma que o relatório “não capta o esforço de políticas desenvolvidas nos últimos anos com repercussão significativa na melhoria dos indicadores sociais e educacionais”.

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