terça-feira, 30 de novembro de 2010

GÊNEROS TEXTUAIS: levantamento das referências existentes na biblioteca da UFPR Litoral e internet

Pricilla Soares
Manassés Firmino
Schayane Linkmoss
Emanuelle Kassab



Iniciamos nossa pesquisa pela biblioteca da Universidade, a fim de, verificar se lá existem livros referentes a gênero textual. O acervo da UFPR Litoral a esse respeito é reduzido.  Livros que são direcionados para essa área encontraram apenas três:
- Karwoski, Acir Mário; Gaydeczka, Beatriz; Brito, Karim Siebeneicher.     Gêneros textuais: reflexão e ensino. 2.ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Lucerna, 2006.
- Koch, Ingedore Villaça. Ler e escrever: estratégias de produção textual. São Paulo: Contexto, 2009. 
- Koch, Ingedore Villaça e Elias, Vanda Maria. Ler e Compreender os sentidos do texto. São Paulo: Contexto 2006
            Escolhemos para uma análise o livro Gêneros textuais: reflexão e ensino, que é constituído por uma coletânea de estudos de diversos autores, tais como: Luiz Antônio Marcuschi, Vera Lúcia L. Cristovão, Adair Bonini, J.L. Meurer, entre outros. Essa obra contempla relatos de pesquisas e reflexões realizadas em diversas universidades brasileiras, com o objetivo de se repensar as práticas a respeito dos gêneros textuais. O professor Luiz Antônio Marcuschi diz que “os gêneros desenvolvem-se de maneira dinâmica e novos gêneros surgem como desmembramento de outros, de acordo com a necessidade ou as novas tecnologias como o telefone, o rádio, a televisão e a internet. Um gênero dá origem a outro e assim se consolidam novas formas com novas funções de acordo com as atividades que vão surgindo.”
Koch, em seu livro Ler e Compreender os sentidos do texto, também fala sobre essas mudanças sofridas pelos gêneros textuais devido às tecnologias da atualidade. Ela destaca que existem inúmeros gêneros e estes são flexíveis e passivos a modificações, levando-os a se transformarem e surgindo sempre mais gêneros diferentes.  Isso leva muitos estudiosos desistiram de fazer uma classificação dos gêneros. A autora também fala sobre uma “competência metagenérica” uma competência é desenvolvida pelas pessoas permitindo que elas interajam dinamicamente com diferentes praticas sociais: “é essa competência que possibilita a produção e compreensão de gêneros textuais”.
            Em uma pesquisa rápida na internet foi possível verificar que em uma busca apenas com as palavras “gêneros textuais” muitas informações aparecem, porém nada muito detalhado. Para identificar os autores mais recorrentes pesquisamos os trabalhos e as pesquisas disponíveis. O autor mais citado e usado como referência em trabalhos acadêmicos, principalmente, é Luiz Antônio Marcuschi (UFPE). Uma de suas teses, “Gêneros textuais: definições e funcionalidades” encontramos 477 artigos relacionados, o que nos mostra como esse autor é referência para diversos trabalhos acadêmicos nessa área.
            Para poder melhor compreender  esse tema precisamos também fazer algumas definições sobre texto, gênero textual e tipologia textual. Começaremos então pela definição de texto que, segundo Alfredina Neri, professora universitária, consultora pedagógica e docente de cursos de formação continuada para professores na área de língua, linguagem e leitura, ”texto é, então, uma sequência verbal (palavras), oral ou escrita, que forma um todo que tem sentido para um determinado grupo de pessoas em uma determinada situação.” Além disso um texto pode ter uma extensão variável: uma palavra, uma frase ou um conjunto maio de enunciados, mas necessita de um contexto significativo para existir.
            Os textos se organizam em gêneros. Alguns autores costumam falar em gêneros textuais e gêneros literários. O gênero do texto é determinado pelas características do seu estilo, do canal, de suas funções, pela função sociocomunicativa que exerce e também pelo seu conteúdo.
Há inúmeros exemplos de gênero textual: bula de remédio, lista telefônica, bilhete, carta pessoal, carta comercial, telefonema, notícia, email, cardápio, chat, instruções técnicas, outdoor, reportagem, aula, reunião, inquérito, boletim de ocorrência, resenha, aula virtual, resumo, biografia, relatório, edital de concurso, piada, charge, conversação comum, conferência, sermão, romance, horóscopo, receita culinária, etc. Assim sendo, um texto, por exemplo, do gênero carta, pode ser do tipo narrativo, argumentativo. Um romance pode trazer trechos descritivos, embora seja predominantemente narrativo. Numa bula de remédio estão presentes três tipos: argumentativo, descritivo e dissertativo. Na fábula, o narrativo e argumentativo. Diante do exposto, concluímos que, um tipo de texto pode ocorrer em vários gêneros.
São as diferentes formas de expressão textual, assim como nos estudos literários temos, por exemplo, poesia, crônicas, contos, etc. Na lingüística os gêneros englobam esses citados a cima e todos os produzidos por usuários da de uma língua.
Marcuschi define gênero textual “como uma noção vaga para os textos materializados encontrados no dia-a-dia e que apresentam características sócio-comunicativas definidas pelos conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica.”
            O modo de se estabelecer a interação entre texto e leitor é que vai determinar o tipo de texto. O tipo de texto, portanto, é caracterizado pela natureza linguística de sua construção teórica, ou seja, por seus tempos verbais, aspectos lexicais e sintáticos, relações entre seus elementos, etc. De acordo com a pesquisa que realizamos na internet, os principais tipos textuais são: descritivos, dissertativo, narrativo, argumentativo, expositivo.


Referências

Karwoski, Acir Mário; Gaydeczka, Beatriz; Brito, Karim Siebeneicher. Gêneros textuais: reflexão e ensino. 2.ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Lucerna, 2006.
Koch, Ingedore Villaça; Elias, Vanda Maria. Ler e Compreender os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2006.






1 comentários:

João Lucio disse...

Olá Emanuelle, tudo bem?
Quero indicar esse link http://www.parabolaeditorial.com.br/PRODUCAOTEXTUAL.pdf
Assim vocês poderão conhecer um pouco da obra do Prof. Marcuschi que aborda o tema em questão.
Um abraço

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