Nossas Produções

Resenha sobre coesão
Por Manassés Firmino¹

Ao constatar a dificuldade que professores têm em tratar sobre o assunto coesão textual, Irandé Costa Antunes nos dá uma idéia muito clara do que seja exatamente essa coesão e de como ela é conseguida. Falam de coesão como uma coisa meio abstrata e vaga, uma espécie de zona indefinida que tudo abarca, comportam tudo o que não se sabe bem o que é.
Ela nos apresenta o trabalho com o intuito de  contribuir para que se possa mais facilmente preencher essa lacuna e, assim, possibilitar uma clareza maior, por parte de professores, alunos ou quaisquer outros leitores acerca do que é a coesão e por meio de que recursos ela acontece.
Conforme Antunes relata, “a coesão é um fio que liga uma palavra a outra em um texto, as frases vão formando fios ligados entre si, atados, com os quais o texto vai sendo tecido”. O texto que não tenha coesão ele se torna incompreensível mesmo que haja uma Idéia, um pensamento que se queira passar para o papel.
Ela diz que tudo vem em cadeia, encadeado, umas partes ligadas às outras, de maneira que nada fica solto e um segmento dá continuidade a outro. O que é dito em um ponto se liga ao que foi dito no outro, anteriormente e subseqüentemente.
Ao criar, estabelecer e sinalizar os laços que deixam os vários segmentos do texto ligados, articulados, encadeados, ela define qual seja a função da coesão. (Reconhecer, então, que um texto está coeso é reconhecer que das palavras aos parágrafos- não estão soltas, mas ligadas, unidas entre si).Ela pode perceber que “ escolas tinham um   exercício bastante reduzido e inadequado para desenvolver nos alunos a competência para a escrita. Reduzido, por que ativa apenas parte do que é preciso saber para construir um texto coerente. Inadequado, por que não exercita a habilidade inerente  textual de juntar, de articular cada parte, para que o sentido global ou a unidade do sentido realizar sejam possível”.
“Nessa perspectiva, sobre a questão da coesão, exatamente como se cria e se sinaliza toda a espécie de ligação, de laço que dá ao texto unidade de sentido ou unidade temática. Quando pretendemos que nossos textos sejam coesos, pretendemos que seja preservada sua continuidade, a seqüência interligada de suas partes, para que se efetive a unidade do sentido e das intenções de nossa interação verbal. Para que, afinal, posamos nos fazer entender com sucesso. O que a gente diz precisa ter sentido”.

1. Acadêmico  Manassés F Lourenço do curso de  Linguagem e Comunicação turma 2009.




Reforma ortográfica da Língua Portuguesa

Por Manassés Firmino¹

 De acordo com Francisco Miguel de moura, membro da Academia Piauiense de letras, a ortografia é a parte da gramática que ensina a escrever corretamente as palavras. Será só isto? Por um lado, sim, pois a ortografia nos orienta quanto à forma das palavras serem pronunciadas corretamente e daí se utiliza dos acentos agudo, circunflexo e grave, das letras dobradas e de outros sinais (traços, hífen, til), visando a essa boa pronúncia (mais próxima das palavras na língua falada). Ainda segundo ele, “o Brasil já passou por varias reformas ortográficas. Um novo acordo foi aprovado em 1990 e assinado em setembro de 2008 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foi um passo em direção de uma ortografia unificada para o português, a ser usada por todos os países que tenham o português como língua oficial”.
Além do Brasil, assinaram o acordo, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e Macau (região administrativa especial da China que também fala o português). O objetivo explícito da reforma é existência de duas normas ortográficas divergentes, uma no Brasil e outra nos restantes países de língua oficial portuguesa, contribuindo assim, nos termos do preâmbulo do Acordo, para aumentar o prestígio internacional do português.
“Há quem questione a uniformização da escrita, invocando as diferenças vocabulares e de pronúncias entre Portugal e o Brasil. Ora, escrever do mesmo modo não significa falar do mesmo modo, como provam, designadamente, os alentejanos e os micaelenses. E, quanto ao vocabulário, recordo que em território português, por exemplo, o estrugido e a sertã convivem sem problemas, com o refogado e a frigideira”. (Edite Estrela)
Vasco Graça Moura salienta que para o Brasil, mais realista e mais pragmático, “tudo era desde o início uma pura questão de mercado o tratado serve interesses geopolíticos e empresariais brasileiros. Seria a ortografia capaz de mudar dialetos e costumes de culturas tão diferentes”.
“Enfim, ortografia é isto ai. Não é gramática, é obrigação legal. No Brasil já bastam tantas outras leis para não serem cumpridas nem punidas” (Francisco Miguel de Moura).

Principais Mudanças
Extinção do acento agudo:
- nos ditongos (encontro vocálico proferidas em uma só silaba) abertos ei e oi em palavras paroxítonas.
- nas paroxítonas com i ou u tônicos que formam hiato (duas vogais de silabas diferentes).
Acento diferencial
- Utilizado em palavras homófonas, permite fácil identificação.
- porém 2 palavras continuarão recebendo o acento:
-pôr (verbo),para não ser confundido com a preposição por;
-pôde (verbo conjugado no passado), para não ser confundido com mesmo verbo pode (conjugado no presente).
Acento circunflexo
- não será mais usado em palavras terminadas em oo.
-conjugação da terceira pessoa do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo do verbo crer, dar, ler e ver.
Trema
-ele deixa de existir, mas a pronúncia continua a mesma.
-o trema será mantido em nomes próprio estrangeiro e seus derivados.
Palavras compostas
O hífen deixa de ser aplicada nas seguintes situações.
-o prefixo terminar em vogal e o segundo elemento começar com S ou R- a consoante passa a ser aplicada;
-quando o prefixo terminar em vogal e o segundo elemento começar com uma vogal diferente:
-o hífen permanece quando o prefixo terminado em R (hiper, super, inter), e a primeira letra do segundo elemento começar com R.
Ex: supre - resistente.
Inclusão de letras no alfabeto
O alfabeto passa a ser composto não mais por 23 letras, mais sim por 26.
Com a inclusão das letras K,Y,W
Fonte: manual da reforma ortográfica/ editora Ática.

1. Acadêmico  Manassés F Lourenço do curso de  Linguagem e Comunicação turma 2009.