sábado, 2 de outubro de 2010

Moacyr Scliar encanta o público da I bienal do livro em Curitiba

Moacyr Scliar é  autor de mais de 30 obras entre romances, ensaios, contos e artigos. Tem traduções de seus livros em vários idiomas, entre eles, alemão, francês, espanhol, inglês, italiano, hebraico e sueco.
Seu primeiro livro publicado foi "Histórias de Médicos em Formação", publicado em 1962, depois desse livro a produção literária de Scliar não parou mais.
Entre suas obras mais importantes estão: "A História de um Médico em Formação" (1962); "A Guerra do Bom Fim" (1972); "O Exército de um Homem Só" (1973); "Mês de Cães Danados" (1977); "O Centauro no Jardim" (1980); "A Orelha de Van Gogh" (1988); "Olho Enigmático" (1988) e "A Mulher que Escreveu a Bíblia" (1999).

I Bienal de Curitiba                                                                                 

"Curitiba, 1/10/2010 – O primeiro Café Literário da Bienal do Livro Paraná, na noite de hoje, foi sucesso de participação e público. Mais de cem pessoas puderam conversar com o escritor Moacyr Scliar, que veio a capital paranaense falar sobre “A Construção do leitor: o poder da sedução da literatura”, tema mediado pelo jornalista Luís Henrique Pellanda.

Já no começo do bate-papo com o público, Scliar demonstrou toda a sua tradicional disposição e simpatia com o público: “pode elogiar”, disse a Pellanda, durante sua apresentação.

O autor, que já publicou 90 livros e é integrante da Academia Brasileira de Letras desde 2003, contou que o seu nome veio da paixão da sua mãe pela leitura e porque ela adorava José de Alencar, assim, ganhou o nome de um dos principais personagens do clássico Iracema.

Moacyr Scliar comenta que a família tem um papel importante na formação do leitor, e que isso não é só uma questão de genoma. “A maneira como a gente vive a infância é determinante para a nossa formação como leitores. Hoje não viajo sem um livro, posso viajar sem a escova de dentes”, brincou e ressaltou: “levo a escova também porque sou médico sanitarista” e divertiu o público.
 "

Para Scliar é importante a figura familiar dos pais na promoção desse interesse dos filhos pela leitura. Ele citou a recente pesquisa do PNUD onde foram ouvidos jovens e crianças que disseram, em quase 70%, que jamais viram os pais lerem em casa. “A família que lê produz leitores. Na minha casa, quando criança, não tinha geladeira, não tinha fogão a gás, mas a minha mãe me deixava comprar o livro que quisesse na feira do Livro de Porto Alegre”, lembrou.

A mãe do escritor foi lembrança constante durante o bate-papo. “Minha mãe era uma contadora de histórias, uma mãe judia. Por isso, fazia questão que os filhos lessem e estivessem sempre alimentados, assim, eu associo essa ideia à nutrição literária”, disse Scliar.

Sobre a cidade, ele comentou: “Gosto tanto de Curitiba que se vocês aceitarem um pedido de asilo eu nem volto para Porto Alegre amanhã”, concluiu.
(texto retirado do site  http://www.bienaldolivrodoparana.com.br )



Fonte: Almanaque.folha.uol.com.br

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