sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Aulas e atividades de estágio supervisionado


ATENÇÃO ALUNOS DE LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO TURMAS 2009 E 2010

COMUNICADO

Comunicamos que as aulas e atividades de estágio supervisionado serão retomadas a partir de 29/08 (turma 2009) e 30/08 (turma 2010), conforme horário já divulgado no início do semestre.
Cabe informar que as atividades serão retomadas porque submetemos à Comissão de Ética da greve uma solicitação para que o estágio continue, dado seu caráter essencial, ao compromisso já firmado com as escolas públicas do litoral, bem como à impossibilidade de reposição desse tipo de atividade fora do período letivo. E o pedido foi deferido! Já está, inclusive, publicado no mural da APUFPR.
Sendo assim, retomaremos nossas aulas sem ferir o movimento de greve que entendeu, assim como nós (Profa. Elisiani e Prof. Jamil), que o estágio supervisionado é atividade essencial e, como tal, não pode parar.
Segue, em anexo, o requerimento que enviamos à Comissão de Ética, para que vocês tomem conhecimento de nossa argumentação. Tentamos fazer o máximo para garantir o bom encaminhamento do que consideramos fundamental às/aos nossas/os estudantes e à comunidade do Litoral, porém, sem ferir a legitimidade do movimento de greve da UFPR.

Matinhos, 25 de agosto de 2011.

Profa. Elisiani Tiepolo
Prof. Jamil Cabral Sierra

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Comunicado da Coordenação do Curso de Linguagem e Comunicação a respeito da greve


Matinhos, 22 de agosto de 2011.

Coordenação do Curso de Linguagem e Comunicação


COMUNICADO

Informamos que a greve dos docentes iniciou na última sexta-feira, às 16h. Portanto, os professores da UFPR estão oficialmente em greve, cabendo a cada um a decisão de aderir ou não ao movimento. Oficialmente, então, os professores do Curso de Linguagem e Comunicação estão com suas atividades docentes suspensas (o que inclui aulas, supervisão de estágios, atividades de extensão e pesquisa), aguardando as diretrizes do comando de greve sobre as próximas ações.
No nosso setor, porém, "avaliou-se e deliberou-se pela necessidade de um debate mais amplo com relação à greve docente no setor litoral. Em função disso, convidamos a tod@s que compareçam na tenda na segunda-feira, 22 de agosto às 14:00." Esse foi o e-mail enviado pela prof. Ângela Katuta, depois do último conselho do setor, convidando os professores para uma reunião na segunda-feira. Os estudantes interessados em conhecer mais o posicionamento dos professores do setor e/ou o movimento da greve, podem comparecer a essa ou a futuras reuniões, mas nada é obrigatório, nem para estudantes, nem para professores. O posicionamento de cada um em uma situação de greve faz parte da liberdade que fundamenta uma situação  como essa.
Portanto, o Curso de Linguagem e Comunicação não terá aulas enquanto a greve permanecer. Caso algum professor não entre em greve, o mesmo entrará em contato diretamente com a turma pela qual é responsável e combinará com os estudantes as atividades a serem feitas. Aconselhamos aos estudantes esperar o posicionamento dos professores que estão responsáveis por sua turma, se houver. Lembramos, porém, que a situação é de greve e, portanto, só entrará em contato com os estudantes aquele professor que escolheu não aderir ao movimento. Todos os outros, que não entrarem em contato, estão no seu direito de não ministrarem aulas durante o período de paralisação!
Lembramos, ainda, que amanhã, dia 23/08/11, haverá uma outra assembleia, em Curitiba, para deliberar sobre a última proposta do governo feita em 19/08/2011. Caso haja alguma mudança após essa assembleia, entraremos em contato novamente.
Grato e esperamos contar com a compreensão e apoio dos estudantes de LinCom nesse momento.

Coordenação do Curso de Linguagem e Comunicação.
Setor Litoral – UFPR.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Universitários do País leem de 1 a 4 livros por ano

O Estado de S.Paulo - 13/08/2011

Na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), 23,24% dos estudantes não leem um livro sequer durante o ano. De uma forma geral, a maioria dos universitários brasileiros não vai muito além disso: lê, em média, de uma a quatro obras por ano. É o que revela levantamento exclusivo feito pelo Estado a partir de dados divulgados pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

Numa realidade diametralmente oposta, os estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) são ávidos por leitura: 22,98% deles leem geralmente mais de dez livros por ano. No Maranhão, um dos Estados mais pobres do País, esse índice é de apenas 5,57%.

No início do mês, a Andifes divulgou pesquisa feita com 19.691 estudantes de graduação de universidades federais de todo o País, apresentando números consolidados do panorama nacional. A partir do cruzamento de dados, foi possível mapear e distinguir os cenários regionais no tocante a hábitos de leitura, frequência a bibliotecas, domínio de língua inglesa e uso de tabaco, álcool, remédios e drogas não lícitas.

A UFMA, que lidera o ranking dos universitários que não leem nada, ficou em quarto lugar entre os menos assíduos à biblioteca da universidade - 28,5% dos graduandos não a frequentam. O primeiro lugar nesse quesito ficou com a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio): metade de seus alunos esnoba o espaço.

V SELLF - 19 a 23 de setembro

O Departamento de Letras da FAFIPAR, no período de 19 a 23 de setembro de 2011, promoverá o V SELLF - Seminário de Estudos Linguísticos e Literários. O evento, que já se consolidou como um espaço de congregação das interlocuções voltadas para os estudos linguísticos e literários da região leste paranaense, busca nesta quinta edição ampliar suas discussões e unir pesquisadores e profissionais da área de Letras das mais diversas regiões e Instituições, em um espaço de reflexões e divulgação de pesquisas.

Mesas redondas:
22/9 – Noite (das 19h às 22h30):
Foucault e interlocuções (im)pertinentes aos estudos do discurso e da educação.
Profa. Ma. Juslaine Abreu Nogueira e Prof. Me. Jamil Cabral Sierra – FAFIPAR /
UFPR - Litoral

22/9 – Noite (das 19h às 22h30):
Aspectos da literatura brasileira contemporânea: a crônica, o conto e o romance.
Prof. Dr. Luiz Carlos Santos SIMON (UEL), Prof. Dr. Moacir DALLA PALMA
(FAFIPAR) e Profa. Dra. Naira de Almeida NASCIMENTO (UTFPR)

22/9 – Noite (das 19h às 22h30):
Os conflitos do sujeito pós-moderno: aquisição de línguas, ensino e formação docente.
Prof. Dr. Adilson do Rosário Toledo (FAFIPAR), Prof. Me. Federico Alves (FAFIPAR),
Profa. Ma. Alessandra da Silva Quadros Zamboni (FAFIPAR)

22/9 – Noite (das 19h às 22h30):
Literatura e filosofia: aproximações possíveis
Profª Drª Rosana Apolonia Harmuch (UEPG), Profª Drª Silvana Oliveira (UEPG),
Profª Paola Scheifer (mestranda - UEPG), Prof. Jhony Adelio Skeika (mestrando -
UEPG)

Mais informações: http://5sellf.blogspot.com/2011/04/o-departamento-de-letras-da-fafipar-no.html

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Minoria surda que estuda sai de sala especial para regular

 

Cinthia Rodrigues, iG São Paulo | 07/08/2011 07:00

Censo Escolar mostra que matrículas em classes comuns cresceram 30% em dois anos, mas total de deficientes na escola é pequeno

Isolados, os dados do Censo Escolar 2010 sobre os estudantes surdos são animadores: três quartos dos matriculados estavam incluídos em classes regulares, um aumento de 30% em relação a 2008. Quando comparados aos dados da população brasileira com deficiência auditiva como um todo, no entanto, os mesmo números mostram que os surdos estão longe de estar incluídos no sistema escolar.
A maior parte do crescimento de matrículas em escolas comuns representa uma diminuição dos estudantes em instituições especiais. Somados os dois tipos de ensino, o total de alunos surdos cresceu apenas 6% nos últimos dois anos e chegou a 70 mi.
A última contagem do IBGE conhecida sobre o assunto, do Censo 2000, mostrava que 5,7 milhões de brasileiros eram deficientes auditivos, 357 mil apenas na faixa etária de 5 a 14 anos - em que todos deveriam ser estudantes. Se o número for parecido em 2010, apenas um quinto destas crianças e adolescentes vão à escola ou são percebidos como – e recebem tratamento especial para – deficientes auditivos.
Para a professora e assessora da diretoria do Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), Rita Nacajima, as escolas precisam ser mais atraentes para essa população. A instituição de mais de 150 anos de história chegou a ser contrária à inclusão por achar que os deficientes auditivos não aprenderiam em classes com alunos ouvintes, mas acabou apoiando a política na esperança de expandir o total de pessoas atendidas. “A gente entende o movimento de inclusão como necessário porque o Ines e todas as outras instituições especializadas não têm como dar conta de todos os surdos. Agora, é preciso trabalhar mais a recepção deste aluno na escola”, diz.
A barreira que separa a maioria dos surdos da vida escolar é a língua. Sem ouvir, a maioria não fala e a escrita não ganha significado. Em 2002, o Brasil oficializou a Língua Brasileira de Sinais (libras) para que estas pessoas falassem com as mãos. A língua é completa e permite a quem tem interlocutor o pleno desenvolvimento de todas as demais habilidades. Faltava quem traduzisse a linguagem oral da sala de aula para a visoespacial, que pode ser compreendida por eles.
Um decreto de 2005 estabeleceu que os "tradutores" viriam de duas formas. Pela aprovação em prova de proficiência anual em libras - aplicada a pessoas que já utilizavam a língua de sinais em outras atividades - e pela formação de educadores especializados. Segundo o Ministério da Educação, desde então já há 4.683 intérpretes de Libras atuando na educação básica, que abrange o ensino fundamental e médio.
“O problema é que não basta traduzir”, diz Rita. Como a maior parte das crianças surdas tem pais ouvintes, a Libras só é ensinada quando começam a frequentar escolas próprias. “Para aprender, as pessoas levam o mesmo tempo que para se comunicar em qualquer língua e, até então, não adianta traduzir de uma língua que eles não entendem para outra que ainda não sabem também”, explica.
As entidades reconhecem que houve algum avanço. Dados da Federação Nacional das Associações para Valorização de Pessoas com Deficiência (Fenavape) mostram que o número de surdos no ensino superior passou de mínimos 444 em 2007 para 1.895 em 2009. Muitos cursam carreiras de docência e devem se tornar professores tanto de surdos quanto de ouvintes. “O mesmo esforço que hoje um aluno que não houve faz para entender as estratégias dos ouvintes deverá ser necessário para os ouvintes entenderem o professor surdo”, calcula Rita, completando: “e isso será a outra metade da inclusão.”

Veja reportagem completa e confira os gráficos da pesquisa:
http://ultimosegundo.ig.com.br/educa/minoria+surda+que+estuda+sai+de+sala+especial+para+regular/n1597119749750.html

 

 

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Ler para o outro é um ato de amor

Por Galeno Amorim
Há muito mais gente do que se pensa que anda saindo por aí atrás de uma oportunidade para trabalhar... de graça. São aposentados, pessoas que nunca trabalharam fora e outros, ainda, que, embora tenham um emprego fixo, ainda arrumam tempo para fazer algum tipo de trabalho voluntário.

É certo que se verá por toda parte muito mais gente caridosa que está a ajudar a matar a fome do próximo, ou a recolher donativos ou, ainda, a fazer algum trabalho manual. Costureiras, cabelereiros, cozinheiros, instrutores de informática, pedreiros etc. – tem de tudo e espaço é o que não falta para praticar qualquer tipo de boa ação, desde que se queira.

Mas Tânia Alves Afonso enveredou-se por outro caminho. Ouviu que podia doar algo de que gostasse muito e que não lhe fizesse falta. Pronto! Como ela gosta muito de ler, descobriu seu próprio jeito de fazer o bem sem olhar a quem: alistou-se como contadora de histórias.

Passou a atuar no Hospital das Clínicas, onde tudo acontece.Toda semana ela dedica um período do seu dia para ler livros infantis para crianças com câncer que vivem no local. É o caso, por exemplo, do curumim Pedro de Oliveira, um indiozinho da tribo Xacriabá, de São João das Missões (MG), que há anos luta contra a doença. Entre uma e outra quimioterapia, a meninada deixa se embalar pelas fábulas de Rapunzel, Branca de Neve, Chapeuzinho Vermelho... e quem mais chegar.

Já as mulheres da Igreja Presbiteriana, com a médica Silvia Pelegrino à frente, preferem ler para os moradores do Lar dos Velhos, uma casa que abriga idosos pobres na periferia de Ribeirão Preto (SP). Uma vez por semana, essas donas de casa, empregadas de lojas ou escritórios e trabalhadoras da saúde largam tudo que estão fazendo em troca de minutos de puro deleite. Elas fazem do prazer de ler sua profissão de fé.

- Ler faz bem pra saúde - diagnostica a doutora, que tem constatado melhoras extraordinárias, seja na percepção visual, emocional, seja no campo neurológico.

Já Shirley chegou a se matricular num curso de contadores de histórias do Centro do Voluntariado. Só para caprichar mais seu desempenho. Desde então, ela vai, toda semana, ler para jovens e adolescentes internados no Hospital Santa Lídia. Muitos deles jamais tiveram contato com um livro antes. De repente, estão vivendo experiências fascinantes.

Gente como Tânia, Silvia, Shirley, e tantas outras por aí, em geral não se dá conta do bem que está fazendo. Mas, com um gesto simples, que nem custa nada, ajudam a promover pequenas e grandes transformações nas pessoas. Verdadeiras revoluções íntimas. Só pensam em passar adiante o muito que a vida lhes deu. Não esperam nada em troca.

Sem que também percebam, acabam recebendo de volta, e até mais, o que generosamente doam. É uma onda poderosa de amor, de gratidão, de respeito. Com um gesto muito simples!

Ler para si próprio é, sem dúvida, uma atitude de autoestima e cidadania. Porém, ler para o outro é muito mais que isso: é um ato de amor.

fonte: Edição 208 - De 05 a 11/08/2011| www.observatoriodolivro.org.br