terça-feira, 30 de novembro de 2010

Um ato de coragem

Na noite de quarta-feira (24/11/2010) realizou-se mais uma edição do FICH - Festival de Interações, Culturais Humanísticas, e com um ato de muita coragem o Coletivo Leque se fez ouvir. Esse Coletivo que tem a representação de professores e alunos tem lutado contra qualquer tipo de discriminação, dentro e fora, na UFPR Litoral. Buscam promover a discussão e análise de todas as questões voltadas a gênero, sexualidade e poder.
No momento de sua apresentação no FICH, o coletivo representado na pessoa do aluno Rafael Serrati fez a leitura de um texto, produzido pelos próprios integrantes do grupo, manifestando sua posição e reafirmando a luta contra qualquer tipo de preconceito. Apresentaram ainda uma performance artística de uma Dragquem , Rayca Spootinick, artista local que realiza suas apresentações em Paranaguá.
Segue abaixo uma cópia do texto:



Boa Noite a Todas e a Todos.

Manifesto de alunas e alunos, professoras e professores, de todas e todas que lutam pela defesa dos direitos das pessoas LGBT e por uma UFPR Litoral sem homofobia, lesbofobia, transfobia, sexismo, machismo e racismo!
Michel Foucault, Beatriz Preciado, Eve Sedgwick, Monique Wittig, Adrienne Rich, Zigmunt Bauman, Guacira Lopes Louro são algumas de nossas inspirações e de nossas reflexões. Autoras e autores moventes, que fazem mover e que nos mobilizam à ação, ao enfrentamento, ao deslocamento, à ruptura, à subversão, à desnaturalização, ao encontro com o outro, ao encontro com a diferença! Autoras e autores que nos alimentam, que nos incitam, que nos desestabilizam e que nos ensinaram nesses meses que passaram que:
Nenhuma identidade é fixa, imutável, estável.
Nenhuma sexualidade é natural, ontológica, universal.
Nenhum gênero é seguro, confortável, unívoco e inequívoco.
Nenhum desejo é biológico, verdadeiro, gratuito.
 É em vista disso que desde o início de 2009, algumas acadêmicas e alguns acadêmicos, algumas professoras e alguns professores que se propuseram a discutir temas que perpassem o gênero e a sexualidade, se utilizaram dos espaços das ICH para promovê-los.
Ocorre que já na quarta edição da ICH Gênero, Sexualidade e Poder, estes mesmos sujeitos se organizaram em um coletivo denominado “Leque”. Este coletivo é inédito na história da UFPR, que, mesmo sendo a universidade mais antiga do Brasil, ainda não tinha um coletivo de estudantes imbuídos do desejo de fazer militância pelos direitos LGBT.
Talvez alguns se lembrem que ano passado, um acadêmico homossexual da UFPR foi espancado por um grupo de neonazistas, ficou inconsciente e precisou fazer várias cirurgias de reconstrução da face. Nós, acadêmicas e acadêmicos do Coletivo Leque, não queremos passar por situação parecida para termos que nos mobilizar.
A instituição UFPR como um todo têm um caráter conservador, que pode ser notado pela invisibilidade desta temática em fóruns ou debates, projetos de extensão, projetos de pesquisas de professores e, até mesmo, em módulos e discussões em sala de aula.
Acreditamos que o projeto político- pedagógico do Setor Litoral, possibilita um leque de possibilidades para a promoção de políticas públicas e a articulação de debates.
Pensando na perspectiva multidisciplinar e na crença do protagonismo estudantil, o Coletivo Leque deseja institucionalizar-se como fruto das políticas pedagógicas do Setor e das ações de algumas professoras e professores, uma vez que este coletivo nasce como reflexo das ICH.
Nesse semestre que passou, algumas de nossas ações foram:
Leituras e Discussões de textos sobre gênero e sexualidade
Participação no 8º ENUDS – Encontro Nacional Universitário de Diversidade Sexual
Realização de palestra sobre "Homofobia nas Escolas e a Constituição de Movimentos LGBT, com a Presidenta do Grupo Dignidade Rafaelly Wiest.
Constituição e implantação das primeiras ações do Coletivo Leque
Finalizando, lembrar que a homofobia, além de causar tristeza e violência simbólica e física, é a causa de inúmeros assassinatos que colocam o Brasil na lista dos países onde há mais crimes de ódio contra homossexuais no mundo.
Enquanto organização estudantil institucionalizada há apoio para levantar esta bandeira e lutar por uma universidade menos homofóbica e mais plural.

Coletivo Leque

GÊNEROS TEXTUAIS: levantamento das referências existentes na biblioteca da UFPR Litoral e internet

Pricilla Soares
Manassés Firmino
Schayane Linkmoss
Emanuelle Kassab



Iniciamos nossa pesquisa pela biblioteca da Universidade, a fim de, verificar se lá existem livros referentes a gênero textual. O acervo da UFPR Litoral a esse respeito é reduzido.  Livros que são direcionados para essa área encontraram apenas três:
- Karwoski, Acir Mário; Gaydeczka, Beatriz; Brito, Karim Siebeneicher.     Gêneros textuais: reflexão e ensino. 2.ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Lucerna, 2006.
- Koch, Ingedore Villaça. Ler e escrever: estratégias de produção textual. São Paulo: Contexto, 2009. 
- Koch, Ingedore Villaça e Elias, Vanda Maria. Ler e Compreender os sentidos do texto. São Paulo: Contexto 2006
            Escolhemos para uma análise o livro Gêneros textuais: reflexão e ensino, que é constituído por uma coletânea de estudos de diversos autores, tais como: Luiz Antônio Marcuschi, Vera Lúcia L. Cristovão, Adair Bonini, J.L. Meurer, entre outros. Essa obra contempla relatos de pesquisas e reflexões realizadas em diversas universidades brasileiras, com o objetivo de se repensar as práticas a respeito dos gêneros textuais. O professor Luiz Antônio Marcuschi diz que “os gêneros desenvolvem-se de maneira dinâmica e novos gêneros surgem como desmembramento de outros, de acordo com a necessidade ou as novas tecnologias como o telefone, o rádio, a televisão e a internet. Um gênero dá origem a outro e assim se consolidam novas formas com novas funções de acordo com as atividades que vão surgindo.”
Koch, em seu livro Ler e Compreender os sentidos do texto, também fala sobre essas mudanças sofridas pelos gêneros textuais devido às tecnologias da atualidade. Ela destaca que existem inúmeros gêneros e estes são flexíveis e passivos a modificações, levando-os a se transformarem e surgindo sempre mais gêneros diferentes.  Isso leva muitos estudiosos desistiram de fazer uma classificação dos gêneros. A autora também fala sobre uma “competência metagenérica” uma competência é desenvolvida pelas pessoas permitindo que elas interajam dinamicamente com diferentes praticas sociais: “é essa competência que possibilita a produção e compreensão de gêneros textuais”.
            Em uma pesquisa rápida na internet foi possível verificar que em uma busca apenas com as palavras “gêneros textuais” muitas informações aparecem, porém nada muito detalhado. Para identificar os autores mais recorrentes pesquisamos os trabalhos e as pesquisas disponíveis. O autor mais citado e usado como referência em trabalhos acadêmicos, principalmente, é Luiz Antônio Marcuschi (UFPE). Uma de suas teses, “Gêneros textuais: definições e funcionalidades” encontramos 477 artigos relacionados, o que nos mostra como esse autor é referência para diversos trabalhos acadêmicos nessa área.
            Para poder melhor compreender  esse tema precisamos também fazer algumas definições sobre texto, gênero textual e tipologia textual. Começaremos então pela definição de texto que, segundo Alfredina Neri, professora universitária, consultora pedagógica e docente de cursos de formação continuada para professores na área de língua, linguagem e leitura, ”texto é, então, uma sequência verbal (palavras), oral ou escrita, que forma um todo que tem sentido para um determinado grupo de pessoas em uma determinada situação.” Além disso um texto pode ter uma extensão variável: uma palavra, uma frase ou um conjunto maio de enunciados, mas necessita de um contexto significativo para existir.
            Os textos se organizam em gêneros. Alguns autores costumam falar em gêneros textuais e gêneros literários. O gênero do texto é determinado pelas características do seu estilo, do canal, de suas funções, pela função sociocomunicativa que exerce e também pelo seu conteúdo.
Há inúmeros exemplos de gênero textual: bula de remédio, lista telefônica, bilhete, carta pessoal, carta comercial, telefonema, notícia, email, cardápio, chat, instruções técnicas, outdoor, reportagem, aula, reunião, inquérito, boletim de ocorrência, resenha, aula virtual, resumo, biografia, relatório, edital de concurso, piada, charge, conversação comum, conferência, sermão, romance, horóscopo, receita culinária, etc. Assim sendo, um texto, por exemplo, do gênero carta, pode ser do tipo narrativo, argumentativo. Um romance pode trazer trechos descritivos, embora seja predominantemente narrativo. Numa bula de remédio estão presentes três tipos: argumentativo, descritivo e dissertativo. Na fábula, o narrativo e argumentativo. Diante do exposto, concluímos que, um tipo de texto pode ocorrer em vários gêneros.
São as diferentes formas de expressão textual, assim como nos estudos literários temos, por exemplo, poesia, crônicas, contos, etc. Na lingüística os gêneros englobam esses citados a cima e todos os produzidos por usuários da de uma língua.
Marcuschi define gênero textual “como uma noção vaga para os textos materializados encontrados no dia-a-dia e que apresentam características sócio-comunicativas definidas pelos conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica.”
            O modo de se estabelecer a interação entre texto e leitor é que vai determinar o tipo de texto. O tipo de texto, portanto, é caracterizado pela natureza linguística de sua construção teórica, ou seja, por seus tempos verbais, aspectos lexicais e sintáticos, relações entre seus elementos, etc. De acordo com a pesquisa que realizamos na internet, os principais tipos textuais são: descritivos, dissertativo, narrativo, argumentativo, expositivo.


Referências

Karwoski, Acir Mário; Gaydeczka, Beatriz; Brito, Karim Siebeneicher. Gêneros textuais: reflexão e ensino. 2.ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Lucerna, 2006.
Koch, Ingedore Villaça; Elias, Vanda Maria. Ler e Compreender os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2006.






quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Reforma ortográfica e o impasse de Portugal

Por Pricilla C. L.Soares¹

O idioma português é o quinto mais falado do mundo, alcançando 200 milhões de pessoas. Todavia, a existência de duas ortografias oficiais da língua portuguesa (a lusitana e a brasileira) tem sido considerada amplamente prejudicial à integração intercontinental do português e para sua importância mundial.
            Depois de várias tentativas de se unificar a ortografia, a partir de janeiro de 2009 passou a vigorar no Brasil e em todos os países da Comunidade de Países da Língua Portuguesa (CLP) o período de transição para as novas regras, que chega ao fim em 31 de dezembro de 2012. O objetivo dos governos foi simplificar e uniformizar as grafias da língua portuguesa, ampliando a cooperação comercial e social entre os países que têm o português como língua oficial. Fazem parte deste acordo: Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Macau (região especial da China), Brasil e Portugal.
            Segundo Eunice Maria das Dores Nicola - professora da UFMG - existem muitos equívocos quanto à nossa ortografia. “Muitas pessoas pensam que esse acordo vai mudar alguma coisa na língua, e não é isso, a mudança é apenas na ortografia. A língua continuará a mesma, o que modifica é apenas o jeito de escrever algumas palavras”.
            A Associação Brasileira das Editoras de Livros (Abrelivros) não em nenhum dado ou pesquisa que indiquem objetivamente as conseqüências que o novo acordo ortográfico teve sobre as vendas. Todos os novos lançamentos já foram adequados às regras sem problemas. Porém, houve muita perda de estoque, pois muitos livros didáticos foram inutilizados por não estarem adaptados à nova ortografia.
            Mathias Schaf Filho, professor do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculos da UFRGS, afirma ser muito cedo para que se possa falar com segurança a respeito dos impactos educacionais e sociais que a reforma causará. Além disso, ele acrescenta que ainda não houve como sentir o peso das mudanças ortográficas, pelo fato dela ter sido muito pequena no Brasil em relação às mudanças propostas para o português de Portugal. “Pode ser que o problema comece quando o acordo se tornar obrigatório aqui no Brasil, mas por enquanto não houve dificuldades”.
            Uma coisa é certa, a grande finalidade do acordo está em ponto morto, já que Portugal tem grande ressalva quanto a ele, pois a unificação só será alcançada quando a reforma sair do papel em Portugal.


1. Graduanda do curso de Linguagem e Comunicação turma 2009.

Reforma ortográfica: prós e contras

Por Schayane Lunkmoss
O novo acordo ortográfico da língua portuguesa foi assinado pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva em 29 de setembro de 2008 e entrou em vigor em 1º de janeiro de 2009 e terá um período de transição de três anos. A reforma abrange oito países: Brasil, Cabo Verde, Guiné- Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.  Visa unificar a ortografia desses países lusófonos e facilitar o intercâmbio linguístico e cultural entre eles.
 O idioma português é o quinto mais falado no mundo, alcançando cerca de 200 milhões de pessoas. As diferenças de ortografia entre esses países dificultam a difusão internacional do idioma e a padronização favorecerá a promoção e o fortalecimento da língua portuguesa no mundo, facilitando seu estudo e trazendo uma identidade linguística aos países e seus falantes.
 Porém, ainda existem divergências com relação à reforma. Discute-se a real necessidade da unificação mediante as consequências econômicas que ela trará para os países, tendo em vista que é necessário dispor de grandes recursos para reeditar o material didático distribuídos nas escolas e reedições.
 Outra questão é postura de Portugal, país que se recusa a aceitar todos os termos do acordo, alegando que a reforma descaracteriza o idioma e que ocorrerá uma mudança fonética na língua. O equívoco dessa visão é que  a sintaxe, o vocabulário e a pronúncia permanecem as mesmas. O que muda é a grafia (escrita) de algumas palavras e não os sons.
Na opinião do membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), Evanildo Bechara, a reforma ortográfica propõe uma unificação que servirá não só para facilitar a tradução de documentos oficiais, como também incluir o idioma no cenário mais amplo em âmbito internacional. Defende ainda que “A unificação significaria uma economia na edição de livros, pois não seria mais necessário editar uma versão para cada idioma. Além disso, a medida serviria de estímulo para que os países da comunidade se interessem pela literatura alheia, mais acessível e de fácil compreensão se escritas em um idioma único” aposta ele.
  Em contrapartida, a APEL (Associação Portuguesa de Editores e Livreiros de Portugal) condenou o acordo. "Ainda não é tarde demais - assinala - para se evitar uma catástrofe, pois, certamente, o acordo ortográfico não serve a Portugal". Na opinião da associação, "ao contrário do que é dito pelos defensores do acordo ortográfico, não se considera a aproximação das diversas variantes do Português, mas sim a consagração das diferenças naquilo que é fundamental - a sintaxe, a semântica e o vocabulário -, com clara vantagem para a variante do Brasil”.
A professora Stella Maris Bortoni, discorda de uma reforma sem o consentimento de Portugal. "Creio que o propósito da unificação é justamente o de aproximar os povos, não de desunir”. O MEC, por sua vez, por meio da Comissão de Língua Portuguesa (COLIP), entende que já esperou tempo suficiente para obter uma resposta de Portugal.
A reforma possui mudanças relativamente pequenas. Segundo os linguistas que prepararam o acordo, 0,43% das palavras no Brasil e 1,42% em Portugal passarão por mudanças. As principais são:       
·         O reconhecimento do ‘k’, ‘w’, e o ‘y’ como letras do alfabeto.
·         O trema não será mais utilizado, apenas em casos de nomes próprios.
·         Os ditongos abertos (ei, oi) não são mais acentuados. Ex: assembleia, plateia
·         Os hiatos “oo” e “ee” não são mais acentuados. Ex: enjoo, voo ,creem deem.
·         Não se acentua mais “i” e “u” tônicos em proparoxítonas quando precedidos de ditongos. Ex: Baiuca, feiura. 
·         O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixo( ou falsos prefixos) terminados em vogal+palavras iniciadas por “r” ou “s” sendo que essas devem ser dobradas. Ex: antessala, autorretrato,antissocial.
·         O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixos( ou falsos prefixos) terminados em vogal+palavras iniciadas por outra vogal. Ex: autoafirmação, autoajuda, contraindicação, extraoficial, semiaberto.
·         Agora se utiliza hífen quando a palavra é formada por um prefixo (ou falso prefixo) terminados em vogal+mais palavra iniciada pela mesma vogal. Ex: anti-inflamatório, micro-ônibus, micro-ondas.
·         Não se usa mais hífen em compostos que pelo uso, perdeu-se a noção de composição. Ex: mandachuva, paraquedas, paralama.
Agora, a expectativa é que a reforma seja levada adiante, tendo em vista que foi firmado internacionalmente que, se três países assinassem o acordo ele poderia entrar em vigor. E a medida já foi ratificada pelo Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.
Referências: http://pt.wikipedia.org.com   



terça-feira, 23 de novembro de 2010

Escola do MST recebe melhor nota do Enem

Por Altamiro Borges


Nos últimos dias, a mídia demotucana tem feito um grande alarde contra o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Devido a falhas lamentáveis em algumas provas, ela decidiu transformar o assunto na sua primeira bandeira de oposição ao futuro governo Dilma Rousseff. De quebra, ainda presta um serviço à poderosa indústria do vestibular e às faculdades privadas. O Grupo Folha, dono da gráfica que imprimiu as provas irregulares, é um dos que mais fustiga o Enem. 



Com sua cobertura enviesada e manipuladora, a mídia omite fatos curiosos do Enem. Um deles, que ela nunca divulgaria, é que a Escola Semente da Conquista, localizada no assentamento 25 de Maio, em Santa Catarina, foi o destaque do Exame Nacional em 2009, conforme noticiado na página oficial do Enem. Ela ocupou a primeira posição no município, com nota de 505,69. 



Semente da Conquista



Nesta escola estudam 112 filhos de assentados, de 14 a 21 anos. Ela é dirigida por militantes do MST e os professores foram indicados pelos próprios assentados do município de Abelardo Luz, cidade com o maior número de famílias assentadas no estado. São 1.418 famílias, morando em 23 assentamentos. A primeira colocação no Enem foi comemorada pelas famílias de sem-terra.



A mídia, porém, nada falou sobre esta vitória. Segundo o sítio do MST, “essa conquista, histórica para uma instituição de ensino do campo, ficou fora da atenção da mídia, como também é pouco reconhecida pelas autoridades políticas de nosso estado. A engrenagem ideológica sustentada pela mídia e pelas elites rejeita todas as formas de protagonismo popular, especialmente quando esses sujeitos demonstram, na prática, que é possível outro modelo de educação”.


“A Escola Semente da Conquista é sinal de luta contra o sistema que nada faz contra os índices de analfabetismo e êxodo rural. Vale destacar que vivemos numa sociedade em que as melhores bibliotecas, cinemas, teatros são para uma pequena elite... Mesmo com todas as dificuldades, a escola foi destaque entre as escolas do município. Este fato não é apenas mérito dos educandos, mas sim da proposta pedagógica do MST, que tem na sua essência a formação de novos homens e mulheres, sujeitos do seu processo histórico em construção e em constante aprendizado”.

domingo, 21 de novembro de 2010

Mau preparo de professor atrapalha ensino de literatura afro

Educadores afirmam que há boas obras e materiais didáticos disponíveis, mas docentes ainda não sabem como trabalhá-los em sala
Marina Morena Costa, iG São Paulo
Uma menina negra, com vasta cabeleira, tenta entender por que seu cabelo não para quieto. Ela encontra um livro sobre países africanos e passa a compreender a relação entre seus cachos e a África. A história é contada no livro “Cabelo de Lelê”, de Valéria Belém, e segundo a pedagoga e pesquisadora Lucilene Costa e Silva, um dos bons exemplos de literatura afro-brasileira infantil. “Nas séries iniciais, as crianças estão construindo a identidade. Ter acesso a obras que mostrem personagens como elas é fundamental”, avalia.
Lucilene dá aula há 20 anos na rede pública de ensino do Distrito Federal e conta que sentia falta da imagem negra nos livros de literatura infantil. “Cheguei a contar a história ‘Chapeuzinho Vermelho’ usando uma boneca negra com capuz vermelho. Hoje sei que isso não é mais necessário. A África tem histórias, personagens e enredos lindíssimos.”
Atendendo à lei 10.639, que determina o ensino de cultura afro-brasileira nas escolas, o Ministério da Educação (MEC) e as secretarias municipais e estaduais de ensino têm cada vez mais distribuído obras e vídeos protagonizados por personagens negras ou que abordam a diversidade étnico-racial. “É visível o aumento na quantidade de material didático e para-didático disponível sobre o tema após a implantação da lei”, afirma Luciano Braga, professor de Artes há 15 anos das redes municipal e estadual de São Paulo e co-autor, junto com Elizabeth Melo, do livro “História da África e afro-brasileira – em busca das nossas origens”, lançado em 13 de maio de 2010.
O professor conta que obras com contos e lendas africanas são uma novidade recente nas duas escolas onde dá aulas. “Estamos recebendo livros nos quais o herói é uma criança negra ou onde há personagens brancos e negros. A questão não é valorizar uma cultura ou outra e sim fazer com que a criança se sinta pertencente ao meio. É assim que combatemos a discriminação”, ressalta. Da mesma forma que contos de fada e histórias europeias são narrados em sala de aula, histórias e lendas africanas e indígenas devem ser apresentadas, defende o professor.
No livro infantil “Betina”, de Nilma Lino Gomes, uma avó trança os cabelos da neta e conversa sobre seus ancestrais. “Na África as tranças têm diferentes significados e o cabelo é muito importante para a mulher. Está ligado à identidade”, explica Lucilene. Quando a professora terminar de contar a história de Betina, uma menina de rosto redondo, olhos negros e cabelo todo trançado, os alunos ficam encantados. “Todas as crianças, negras e brancas, querem ser a Betina”, conta.
Essa reportagem completa você encontra em :






                                                                                  
                       





quarta-feira, 17 de novembro de 2010

APROVEITAR MELHOR O TEMPO DE AULA É O CAMINHO CUBANO

Pesquisa de economista americano, realizada em países da América Latina, mostra que as práticas de classe são o motivo do sucesso na ilha
MARTIN CARNOY "Em Cuba, a turma trabalha mais, as perguntas do educador levam todos a pensar e ele não para a toda hora para pedir atenção."


Em 1997, uma pesquisa conduzida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) testou os conhecimentos em Matemática e linguagem de 4 mil alunos de 3ª e 4ª séries de 13 países latino-americanos. Os cubanos têm desempenho muito melhor que os das outras nações. Em 2005, num novo exame, novamente Cuba ocupou o topo da lista. Qual o segredo da ilha para obter resultados tão bons? A pergunta motivou Martin Carnoy, que leciona Educação e Economia da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, a realizar um estudo comparativo entre Cuba, Chile e Brasil. Após filmar aulas de Matemática (disciplina em que o desempenho foi mais desigual nos três países) em 36 escolas e entrevistar funcionários da área de Educação de todos os níveis de governo, além de professores, diretores, estudantes e pais, o americano concluiu que boa parte das diferenças está dentro das próprias salas. "Em Cuba, a turma trabalha mais, as perguntas do educador levam todos a pensar e ele não para a toda hora para pedir atenção." Isso, no entanto, dentro de um ambiente ideologizado e repressivo, o que sugere a necessidade de adaptar as soluções para um contexto democrático. A convite da Fundação Lemann, Carnoy esteve no Brasil em agosto para lançar o livro A Vantagem Acadêmica de Cuba, em que relata as descobertas da pesquisa. Na ocasião, ele detalhou a NOVA ESCOLA o que viu nos três países.

De acordo com sua pesquisa, por que os alunos de Cuba obtêm resultados superiores aos dos outros países da América Latina?
MARTIN CARNOY: Há diversos fatores em jogo, mas eu diria que o principal é o uso eficiente do tempo em sala. Filmamos aulas de Matemática da 3ª série em 36 escolas de Cuba, do Chile e do Brasil e descobrimos que, na ilha, elas são mais focadas na aprendizagem do que nos outros dois países. Como escrevo em meu livro, a qualidade de um sistema educacional depende da qualidade das experiências desenvolvidas em sala de aula.

Com qual atividade o professor brasileiro gasta mais tempo?
CARNOY: Com o trabalho em grupo. Na média das escolas em que pesquisamos, 30% do tempo é dedicado a essa tarefa. No Chile, o índice foi ainda maior, 34%, enquanto em Cuba caiu para 11%. O grande problema é que, na maioria das vezes, os brasileiros estão apenas sentados juntos, ou seja, com as carteiras unidas, mas sem interagir para resolver problemas matemáticos. Cada um trabalha por si ou apenas conversa com os colegas. O verdadeiro trabalho em equipe, que inclui a discussão para resolver a questão proposta, ocorre muito pouco tanto no Brasil como no Chile.

O que toma mais tempo das aulas nas escolas de Cuba?
CARNOY: Lá, 41% do tempo é reservado às tarefas individuais. A vantagem é que os alunos realmente trabalham em 38% do período resolvendo problemas e fazendo exercícios. Enquanto isso, o professor circula entre as carteiras, orientando e tirando dúvidas. Por outro lado, o período dedicado à cópia de instruções é baixo: apenas 2%.

No Brasil, o tempo usado com cópia é maior do que na ilha?
CARNOY: Sim. É três vezes superior ao verificado em Cuba. Numa das salas brasileiras que observamos, a garotada chegou a ficar uma hora copiando enunciados de problemas no caderno, algo que poderia ser resolvido com uma fotocópia ou uma folha mimeografada. Para piorar, não foi explicado o porquê daquele trabalho. Não estou dizendo que o quadro-negro não deva ser utilizado: ele é importante para apresentar conceitos e discuti-los, mas acho que seu uso deve ser rápido. Passar a aula toda escrevendo é, sem dúvida, uma perda de tempo.

Que outras diferenças importantes a pesquisa revelou no que se refere ao uso de tempo?
CARNOY: Descobrimos que no Chile e no Brasil despende-se o dobro dos minutos em transições de atividades ou interrupções, como pedidos de silêncio. Isso indica que a prática cubana é mais eficiente, mas também pode ter a ver com o tamanho médio das turmas. Em Cuba, as classes que analisamos tinham em média 17,9 crianças, enquanto nas brasileiras havia 27,9, e nas chilenas, 37,1.

O estudo enfoca ainda o tipo de pergunta feito à meninada. O que os dados demonstram?
CARNOY: Dividimos as questões em três categorias: as repetitivas, as que têm respostas curtas e as mais complexas, que exigem a explicação do raciocínio usado - em Matemática, é essencial descrever o processo que se está aprendendo. Em Cuba, perguntas desse último tipo aparecem em 55% das aulas. Percebi que no Brasil o mesmo não ocorre. Aqui, predominam as perguntas repetitivas, geralmente respondidas em coro. Isso quando são feitas, pois em 25% das aulas brasileiras a que assistimos elas não existiram. Também há pouca discussão sobre os equívocos. Quando alguém comete um erro, o educador geralmente apaga e chama outro para o quadro. Seria muito mais produtivo perguntar: "Onde está o problema? Por que a solução está incorreta?" Do contrário, ninguém entenderá onde errou.

O material didático apresenta diferenças significativas nos três países?
CARNOY: No Brasil, os livros didáticos são abrangentes, mas pouco profundos. Digo que têm 1 quilômetro de diâmetro e 1 centímetro de profundidade. Eles também possuem muitas informações teóricas, provavelmente para servir como guia de apoio ao docente, já que a formação dele é fraca. Na maioria das vezes, ele não consegue apresentar todo o conteúdo trazido pelo material. Em Cuba, há menos variedade de temas, mas cada assunto é explorado detalhadamente e com mais exercícios. O resultado é que no Brasil é bem menor a exigência em termos de habilidades cognitivas.

Como todos esses fatores interferem no desempenho dos alunos?
CARNOY: Entre as três nações, o Brasil ficou em último no nível de proficiência matemática. Em uma escala que vai até 5, ele tirou 2,2, enquanto o Chile ficou com 3,2, e Cuba, com 3,8. Numa das salas brasileiras, a compreensão dos conceitos não atingiu nem o nível básico, pois as atividades se baseiam quase exclusivamente na memorização e na cópia mecânica. O país também teve a pior posição quanto à média de atenção dos estudantes e ao grau de disciplina. Pela linguagem corporal e pelas atitudes em sala, é visível quando os brasileiros ficam entediados. Aí, se desligam da tarefa e passam a brincar ou a participar de conversas paralelas. No outro extremo estão os cubanos, que têm um envolvimento maior. Muito disso se deve ao bom planejamento. Quando alguém termina uma tarefa, já se apresenta outro desafio. Então, não dá tempo de se aborrecer.

Por que os educadores cubanos conhecem os alunos melhor do que os brasileiros?
CARNOY: Primeiro porque a rotatividade dos estudantes cubanos é bem menor do que nas escolas brasileiras. Eles tendem a ficar por vários anos na escola em que ingressam. Segundo porque em Cuba os mestres seguem com a mesma turma da 1ª à 6ª série. Além de terem maior familiaridade com ela, já conhecem os problemas e se esforçam para que não se repitam no ano seguinte.

De que maneira a equipe gestora colabora para a qualidade do ensino?
CARNOY: O ponto principal é que, em Cuba, diretores e vice-diretores supervisionam de perto o trabalho docente entrando constantemente em sala para ver se o currículo está sendo cumprido e como é ensinado. Os educadores estão acostumados a ser apoiados didaticamente e ser avaliados pelos gestores. É um trabalho focado no aprendizado. Além disso, os diretores conhecem muito bem os estudantes e as medidas adotadas para garantir que cada um avance.

Além do que ocorre dentro da escola, que outros fatores podem influenciar a aprendizagem?
CARNOY: O modelo que utilizamos inclui o chamado capital social gerado pelo Estado, que diz respeito à atuação do governo na organização do sistema educacional. Ao definir o currículo, a distribuição de alunos pelas escolas, o recrutamento e a formação docente em serviço, o Estado tem um impacto importante na atmosfera da sala. Isso se reflete no comportamento dos pequenos, nas poucas faltas dos professores e no compromisso deles e dos gestores com a melhoria da aprendizagem, além da expectativa dos pais em relação à escola. Somam-se a esse cenário a garantia de condições de saúde e de segurança e o combate ao trabalho infantil, que também são essenciais à aprendizagem. No entanto, em virtude da atuação da administração governamental centralizada e hierárquica, os métodos de ensino e o currículo são rigidamente impostos. Como não se trata de uma democracia, o ambiente estimulante para o estudo não ocorre com a participação das famílias em reuniões de conselhos escolares, por exemplo.

A formação dos professores em Cuba é de melhor qualidade?
CARNOY: Sim, especialmente em Matemática. Primeiro porque os estudantes aprendem um bom conteúdo no Ensino Médio e isso tem um efeito importante na forma de atuar quando se tornaram professores. Segundo porque a formação inicial tem foco claro em como ensinar o currículo nacional. No Brasil, além de a Educação Básica ser mais fraca, a formação inicial ou é insuficiente, ou é excessivamente teórica. Os recém-formados sabem muito sobre teorias do ensino e pouco sobre como ensinar.

Como a ilha consegue atrair bons profissionais pagando salários de cerca de 35 reais?
CARNOY: Os salários lá são fixados pelo Estado - que supre necessidades básicas, como moradia e alimentação - e, de fato, os educadores ganham mal. Mas, como a economia de mercado é muito pequena, as outras profissões também são mal remuneradas. Essa situação vem mudando nas províncias turísticas, onde as economias são dolarizadas e uma arrumadeira de hotel pode ganhar o triplo de um professor. Por enquanto, quem se sai bem no Ensino Médio ainda é atraído para o Magistério, considerado uma profissão de relativo prestígio. No Brasil, é preciso recuperar o salário do setor para que ele se equipare ao de outras ocupações de nível superior e atraia os melhores. O Chile deu um passo importante: nos últimos 13 anos, triplicou o salário dos docentes. Como resultado, a nota mínima para ingresso nas faculdades de Educação subiu até 10% entre 1998 e 2001.

Seu livro afirma ainda que a desigualdade também interfere no resultado educacional. Como isso ocorre?
CARNOY: Em geral, as crianças frequentam escolas com colegas muito parecidos em termos socioeconômicos. No Brasil, 80% das famílias que estão entre os 20% mais pobres da pirâmide social mandam os filhos para escolas que atendem moradores de lares com rendas similares. De um lado, o resultado é uma concentração dos que têm origem semelhante em uma mesma instituição. Nas escolas de classe baixa, como a clientela tem uma procedência familiar muito parecida - em geral, com pais pouco escolarizados -, não há bons modelos em que se inspirar. Além disso, nossa pesquisa mostra que esse tipo de escola atrai os piores mestres, que possuem expectativas reduzidas sobre o que a garotada pode aprender.

Para finalizar, quais lições de Cuba o Brasil não deveria seguir?
CARNOY: Penso que por aqui existe muito mais liberdade de crítica e de questionamento. Há mais caminhos para ser criativo no Brasil do que em Cuba. A possibilidade de um profissional de Educação dizer "Eu não concordo com isso" e não ser punido de alguma forma simplesmente por não se ajustar à ideologia dominante é fundamental.



I ENCONTRO DE SABERES ARTESANAIS DO LITORAL PARANAENSE

São de interesse tanto as pessoas que já conhecem as riquezas culturais do litoral quanto àquelas que não conhecem sua história. O litoral paranaense estende-se por aproximadamente 107 km , este limitado ao norte pelo canal do Varadouro e ao sul pela foz do Rio Sai-Guaçú.

O Botânico e Naturalista (Saint-Hilaire, em 1820), comenta as cidades do litoral do Paraná, onde um grande número de indivíduos que parecem brancos à primeira vista, mas que devem a sua origem de uma mistura dos sangues indígena e do europeu. É de supor dai a origem dos mestiços do litoral.

Esta forte presença cultural pré-colonial justifica este povo tão forte e criativo. O encontro tem por um dos seus objetivos constituir-se como mais um espaço para difusão da arte popular do Litoral Brasileiro. Trazer ao público movimentos artísticos, artistas, pesquisas, e a experimentação na Arte Caiçara no período de férias junto aos mestres que vivem no litoral  em linguagens populares e contemporâneas.

Período: de 24/01/2011 a 05/02/2011

Local: Cooperativa Arte Nossa - Guaraqueçaba PR.

Dos Objetivos: ensinar, divulgar, valorizar a Arte Tradicional de Guaraqueçaba como forma de expressão artística popular; Estimular o processo criativo, a pesquisa e a experimentação na Arte Caiçara.

Do Público Alvo: profissionais nas mais variadas áreas das artes plásticas, arquitetos, decoradores, engenheiros, designers, educadores ambientais, estudantes e a quem mais possa interessar.
Do Cronograma: - Divulgação de           08/11/2010 à 24/01/2011
                              - Inscrições    de          01/12/2010 à 08/01/2011
                              - Abertura 24/01/2011         Término 11/02/2011
Das Oficinas:
Semana I -"A Arte do Pescador"
De 24 à 28/01/2011

Oficina 01- Manhã - "Canoa Caiçara" com Julino Pereira.
O curso mostrará todo o poder do homem que detinha o conhecimento da construção de canoas a partir de um único tronco sob influência dos povos indígenas, o mestre mostrará a aerodinâmica de canoas, feitas com enxó.

Oficina 02- Manhã - "Entalhes em Caxeta" com Onofre.
O artista apresentara técnicas diversas no domínio da escultura em madeira desde o preparo da matéria prima á visão escultórica e volumétrica para definir a obra. Sua  importância no cenário nacional já é notório após participações com menções em Salões Nacionais , reconhecido por jurados e críticos de arte já participou de importantes amostras como a Sala do Artista Popular do Paraná.

Oficina 03- Manhã – Tradição do Fandango” com Heraldo Pereira.Membro da Família Pereira, notório grupo de Fandango reconhecido nacionalmente, o “fandangueiro” Heraldo estará transmitindo através deste curso todas as técnicas adquiridas ao longo de sua vivencia familiar no quesito em que se refere à estética tradicional bem como a musicalidade dos instrumentos.

Oficina 04- Manhã -"Cestarias com Fibras Naturais" com Gilmar Cunha.
O curso nos mostrará a técnica milenar que vai do preparo das fibras á construção de cestarias tradicionais com influências dos povos indígenas que habitam a região do litoral do Paraná e ainda a contemporânea representada pela rica fauna e flora, abusando da variação cromática das próprias fibras.

Oficina 05- Tarde- "Confecção de Redes de Pesca” com Galileu Cordeiro.As redes podem  apresentar comprimentos e tamanhos variáveis, antigamente o fio era fabricado em algodão e era traçado com auxílio de agulhas especiais feitas de madeira e os chumbos de barro cozido para ficar bem duro e a bóia em caxeta esculpida, o curso mostrará ainda em fotos como eram os cercos para peixe.
Oficina 06-Tarde-"Instrumentos do Fandango" com Aldo de Souza.
Este mestre irá nos mostrar sua visão poética e estética na concepção de instrumentos musicais que tem um estilo muito próprio e que é mais usado também como elemento de decoração.

Semana II "A Cerâmica Tradicional"
De 31/01 à 04/02/2011

Oficina 07- Manhã  “Escultura em Cerâmica” com o Ivan Cordeiro.  A liberdade de moldar do artista ao agregar e retirar em um ato de transformação da argila, o Artista Ivan Cordeiro assim cria suas obras inspirado em fragmentos de sua história e a construção do futuro de um povo que acredita na natureza e no homem em harmonia com o meio natural. O artista nos mostrará toda sua técnica em momentos de criação de uma cerâmica  figurativa Guaraqueçabana, que é reconhecida em todo o território Nacional.

Oficina 08- Manhã-“Cerâmica Cabocla do litoral” com Rodrigo Castro. 
A Cerâmica Cabocla do Paraná guarda muito da cerâmica tupi-guarani, principalmente no que se refere ao acabamento, o Ceramista Rodrigo Castro  nos mostra que a arte popular, por mais rudimentar, nunca será primária, nem repetitiva em seus processos, seja em objetos utilitários ou lúdicos do universo simples com toda a essência da maneira de ser de um povo.

Oficina 09- Tarde –“Arte do torno com o pé” (manual) Ruth Liberato.
A artista irá passar a técnica da construção de vasos e outros utilitários com o torno manual, oferecendo aos uma infinidade de possibilidades na sua manipulação, texturas e formas que traduzem toda a plasticidade do material, o curso é um mergulho no interior de cada aluno.

Oficina 10- Tarde-"Máscaras em Cerâmica” com Gilson Crespo.
O curso se propõe a apresentar um encontro com o instigante universo das máscaras. Elemento fundamental não só das culturas antigas, mas com presença marcante nos fenômenos culturais populares contemporâneos, a máscara e sua criação revelam, através de sua arte e dos ritos nos quais se inserem as profundidades da alma e os limites da condição humana. O curso irá propiciar aos alunos não só o embasamento histórico do fenômeno das máscaras, como também a experiência de fazer a própria máscara, utilizando como meio de expressão a argila e o gesso.

Oficina 11- Noite - "Modelagem em Placas" com Piaka Terezin.
O curso envolve diversas técnicas para a criação de peças como pratos com textura, bandejas estampadas e bonecas para produção em ateliê. A Mestra visa à participação de pessoas que desejam aproximar-se da arte milenar da cerâmica, mesmo sem possuir conhecimentos específicos desse tipo de arte, “construindo poéticas a partir da materialidade da argila”.

Oficina 12- Noite - "Universo Popular" com Anabel e Neizinha.
Escultura é uma 
arte 
 que representa  
imagens 
 plásticas em  
relevo 
 total ou parcial. Existem várias técnicas de trabalhar a argila, dentre umas delas a  

moldagem 
 ou a aglomeração de partículas para a criação de um objeto. As Mestras Anabel Galdino, atual premiada na Sala do Artista Popular 2010, e a também premiada Neizinha vão através deste curso propor uma visão panorâmica das imagens religiosas do universo guaraqueçabano, destacando a sua influência no folclore da região. 

Semana III "Arte Sustentável"
De 07 à 11/02/2011
Oficina 14 – Manha/Tarde – “Pranchas botânicas” com Claudia Loureiro e José Eduardo. Técnica Aquarela sobre Papel”.
Aquarela de observação de algumas espécies da flora da mata atlântica, como bromélias,  orquídeas entre outras espécies. A realização da oficina tem como objetivo desenvolver a pintura de aquarela de observação, o conhecimento de algumas  técnicas, mistura de cores por sobreposição, efeitos luminosos e o uso de transparências. As pinturas serão realizadas em locais ao ar livre, e também por fotos produzidas pelos participantes da oficina.
  

Oficina 15- Manhã -"Tecelagem com Fibras" com Luciana.
A Artesã ira revelar os ‘segredos’ da produção do artesanato com fibras da bananeira, no curso os alunos transformarão a fibra da bananeira em belos tapetes, jogos americanos bolsas, chapéus,  vale a pena conferir a tecelagem com fibra da bananeira é uma importante fonte de renda e cultura da região.

Oficina 16- Noite - "Papel Artesanal de Açucena” com Márcia Loureiro.
O curso de papel artesanal nos possibilitará a criação de belíssimos papéis envelopes, convites e objetos com a polpa os alunos poderão fazer também papéis com os restos de caixas e embalagens diminuindo o impacto ambiental nas cidades.

Oficina 17 - Manhã - "Flores com Escamas" com Lourdes Pontes.
Este curso o aluno poderá recriar a beleza da rica fauna e flora de Guaraqueçaba com o artesanato  de escama, do prepara das escamas a montagem das flores, este artesanato tem grande procura de mercado. 

Oficina 18- 02 Dias - "Feitio do Amargoso” com Nice Vianna.
Este curso ensina os primeiros passos para o preparo da infusão de um conjunto de ervas medicinais, a ‘garrafada’, como dizem, é soma de 21 ingredientes, entre plantas, cascas e raízes, estas extraídas de maneira ritualística, tradicional e única da Comunidade Quilombola Rio verde, toma-se o Amargoso na sexta-feira Santa simbolizando o sofrimento de Cristo Jesus na Cruz. A Mestra Nice Vianna estará voltada a transmitir o reconhecimento de ervas, bem como banhos e demais aplicações fitoterápicas.
                              
Oficina 19 -03 Dias - “Feitio da Farinha" com Nice Vianna.
Um dos fortes atrativos do Litoral este curso de produção artesanal de derivados da mandioca, tais como: polvilho seco, biscoitos, massa para tapioca, farinha, beiju, bolo de mandioca, pães, culinárias estas feitas de forma tipicamente caiçara. O aluno além de aprender poderá apreciar, degustar estas iguarias durante a aprendizagem.

Das Inscrições:
                         Telefones:      0xx41 3482 - 1589
                                                0xx41 9631 – 3646

                         Blog:
www.oficinasdeverao.blogspot.com.br 
 


                         E-mails:        
cooperativaartenossa@hotmail.com 
  
                                             ou    
realrodrigocastro@hotmail.com 
 

                        
                         No local - Arte nossa.
                                          Av. Agrícola Fonseca, 30 Centro.
                                          Guaraqueçaba, PR. 
      
Enviar comprovante de deposito até o dia 08/01/2011 para 
cooperativaartenossa@hotmail.com 
  

Favorecida Cooperativa de Artesãos de Guaraqueçaba.
                      Banco Itaú n.º 341
                      Agência nº 5203 Conta Corrente nº 15778-6.

Do Investimento:
                             - Até 08/01/2011 - R$ 180,00.
                             - Após 08/01/2011 - R$ 230,00.
                             - Oficinas da ‘Hora’ – R$ 50,00.
                             - Consulte-nos sobre preços especiais para.
                               estudantes e pacotes para grupos.
Informações:

                            - Como chegar - Ônibus - saídas diárias.
                                                        (consulte horários).
                                                        Curitiba – Guaraqueçaba.
                                                        Viação Graciosa.
                                                         (0xx41) 3482-1236

                                                      
                                                        Barco - saídas diárias (consulte horários)
                                                       Paranaguá – Guaraqueçaba.
                                                        Terminal de Embarque em
                                                        Paranaguá
                                                        (0xx41) 3425-4542
                                                Maidel Transportes Marítimos
                                                       
                                                    n.marujoamigo@hotmail.com 
  
                                                        (0xx41) 8424-7974 c/ Marcela.
                            
                            - Hospedagem e Alimentação –  Reservas:
                                                           

  
                                                          (0xx41) 8407-7411
                                                          (0xx41) 8880-1219 c/ Sueli.

                            -  Maiores informações sobre hospedagem,
                               alimentação, passeios e descontos especiais.
                               para grupos consulte-nos no site:
                              
  

Maiores informações:
                                   Rodrigo Castro.
                                   Coordenador Pedagógico Arte Nossa.
                                  
  
                                  
  
                                   (0xx41) 3482-1589  e (0xx41) 9631 3646